A Sigma, conhecida principalmente por suas lentes, também fabrica câmeras, e a DP1 Merrill é um exemplo intrigante. Este modelo é equipado com o controverso sensor APS-C Foveon X3, que promete qualidade de imagem superior e nitidez impressionante. Vamos explorar o desempenho desta câmera e ver se ela cumpre o que promete.
NESTE ARTIGO VOCÊ VAI APRENDER:
- O Sensor Foveon X3
- Desempenho em ISO 100 e Limitações
- Lente e Processador
- Construção e Usabilidade
- Modelos Alternativos
- Conclusão
O Sensor Foveon X3
A Sigma DP1 Merrill utiliza o sensor Foveon X3, uma tecnologia que se distingue por sua abordagem única na captura de cores. Diferente dos sensores tradicionais, que utilizam filtros de cor RGB, o Foveon X3 empilha três camadas de fotodetectores — um para cada componente de cor. Isso elimina a necessidade de filtros de cor, resultando em uma qualidade de imagem potencialmente superior. Apesar de a Sigma afirmar que a DP1 possui 45 megapixels, na prática, o sensor oferece 15 megapixels efetivos devido à sua estrutura de empilhamento.
Desempenho em ISO 100 e Limitações
A Sigma DP1 Merrill brilha em condições de baixa sensibilidade ISO. Em ISO 100, a qualidade da imagem é realmente excepcional, com nitidez notável e sem o filtro low-pass, o que reduz o efeito moiré e melhora a definição. No entanto, a performance da câmera cai drasticamente em sensibilidades mais altas. O uso de ISO 800 resulta em níveis de ruído comparáveis a ISO 12.800 em câmeras convencionais, tornando-o impraticável para muitas situações.
Lente e Processador
A DP1 Merrill vem com uma lente fixa de 19mm f/2.8, equivalente a 28mm em uma full frame. Embora a abertura não seja a mais ampla, a qualidade óptica é consistente com a reputação da Sigma. No entanto, a câmera sofre com um processador que não acompanha o desempenho dos três sensores empilhados. O tempo de espera entre os cliques é de cerca de 5 segundos, e a visualização das fotos é notoriamente lenta, o que pode ser um problema significativo para quem precisa de agilidade.
Construção e Usabilidade
O corpo da Sigma DP1 Merrill é feito de alumínio, oferecendo durabilidade, mas sem características como borrachas que ajudam na dispersão de calor. A câmera pode ser considerada lenta em comparação com os padrões modernos, o que limita sua versatilidade. É uma câmera mais adequada para fotógrafos de estúdio que podem se dar ao luxo de trabalhar com calma e paciência.
Modelos Alternativos
Além da DP1, a Sigma oferece outros modelos com diferentes distâncias focais, como a DP2 com lente de 30mm e a DP3 com lente de 45mm (equivalente a 45mm e 72mm em full frame, respectivamente). Estes modelos mantêm a abertura f/2.8, mas com melhorias esperadas em termos de velocidade e desempenho.
Conclusão
A Sigma DP1 Merrill é uma câmera de nicho, ideal para quem busca qualidade de imagem em ISO 100 e tem paciência para lidar com suas limitações. Embora não seja uma câmera versátil para todas as situações, sua qualidade em condições controladas a torna uma escolha intrigante para fotógrafos que valorizam a nitidez e a definição da imagem.
Se você está interessado em explorar mais sobre câmeras Sigma e suas tecnologias inovadoras, continue acompanhando nossos artigos para mais análises e dicas.
Obrigado pela indicação.
Acompanhei por um tempo o frisson inicial da Sigma com seu sensor Foveon.
Não sei porque a Empresa não aperfeiçoou o processador de forma a aumentar a rapidez da câmera. A nitidez e a qualidade da imagem compensam, afinal de contas, isso é o que se busca. Mas num mundo de agilidade como o de hoje, a gente passar raiva na hora de atingir esta qualidade é muito ruim. Faz a gente desistir do equipamento. Uma câmera limitada assim só serve mesmo para fotografia de paisagem em dias ensolarados, neve, retratos ou longa exposições noturnas.
Beleza, Denison, precisando, estamos por aqui! Forte abraço! 🙂